Cerca de 27.330 novos casos de câncer de pulmão devem ser registrados no Brasil em 2014, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Na Região Sul, o número pode chegar a 33,62 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Apesar disso, o maior total de ocorrências do país está concentrado em São Paulo, no Sudeste, que deve apresentar 6.820 diagnósticos.
O Estado do Rio Grande do Sul é esperado como o segundo com maior índice dessa doença (4.150), seguido pelo Rio de Janeiro (3.000). A Região Sudeste, onde ficam Rio e SP, tem a segunda maior taxa: 18,51 casos por 100 mil habitantes.
Três unidades do Norte registrarão os menores indicadores: Acre (40), Amapá e Roraima (50 em cada Estado). Na Região, ilustrada na imagem a seguir, é observada a menor taxa do país: 7,69 casos por 100 mil habitantes.
Do total de diagnósticos esperados, 60% devem ser observados na população masculina. Ou seja, 16.400 homens serão acometidos pela doença, enquanto serão 10.930 em mulheres. Esse tipo de tumor é o segundo mais frequente em homens do Sul e do Centro-Oeste.
No mundo, em 2012, foram 1,82 milhão de registros – sendo 1,28 milhão em homens, o que equivale a 70,33%, média pouco acima da brasileira.
Mortalidade
Raro até o começo do século 20, hoje o câncer de pulmão é o que apresenta o maior número de mortes. Cerca de 95% dos homens e 86% das mulheres diagnosticados com câncer de pulmão não sobrevivem.
O tumor geralmente só é detectado quando está em estágio avançado, porque os sintomas não são comuns no início do problema. Esse é um dos motivos da alta taxa de mortalidade.
Se o total de casos do Inca se confirmar, em 2014 serão cerca de 25 mil vítimas da doença no país.
Cigarro
O Inca aponta que 80% dos registros do tumor pulmonar estão relacionados ao consumo de tabaco. Os fumantes têm entre 20 e 30 vezes mais chances de desenvolverem o câncer.
Além disso, também contribuem para o diagnóstico a exposição a componentes químicos, como amianto, arsênico, radônio, entre outros. Nos países com maior número de indústrias, esse contato gera de 5% a 10% dos casos.
A medicina também indica que o risco existe para quem tem infecções pulmonares frequentes, histórico de tuberculose e deficiência ou excesso de vitamina A, que entre outras funções fortalece o sistema imunológico.