
O terceiro ponto da reticência jornalística é colocado hoje ao final de todas as nossas frases. Em 10 de junho de 2011, o blog chegava aqui ao WordPress depois de ficar por dois anos no extinto Abril Blogs.
Quando entrei nesta área, então nova e desconhecida, eu disse a você, leitor: “Eu não sei ficar no mesmo”. E de fato não sei.
Em três anos – e 303 textos publicados, sem contar este aqui -, o blog mudou de cara poucas vezes (a partir de hoje estamos brasileiros).
A ideia era que o visual se transformasse a cada aniversário e foi assim até 2013, mas aí houve a necessidade de mudar cada vez mais e quem visita o blog com frequência já conseguiu percebeu isso.
Estamos sempre em mudança, apesar de os textos já deixarem a desejar. Eu sei.
Mas isso não acontece por uma exclusiva vontade minha. O tempo não permite tanto quanto antes. O trabalho (no núcleo de conteúdo e políticas públicas da Secretaria da Segurança Pública) tem tomado 30 horas por semana da minha disponibilidade, isso sem contar os plantões.
O trabalho de conclusão de curso da faculdade também. Aliás, em breve teremos repercussão aqui sobre o assunto. Espero. O mais atento já percebeu que o tema é câncer e o mais esperto saberá qual é a minha justificativa para a escolha.
Ao leitor que era fiel por dois anos, peço meu perdão. A dedicação voltará em breve. Ou não, como eu sempre digo e você já está habituado.
Este texto é uma reunião de mimimis para que você entenda a atual situação do Reticência Jornalística e veja que o terceiro ponto não é o final da nossa reticência.
O reticente nunca tem fim, é eterno, assim como a eternidade das palavras que estão aqui e as que virão em breve.
Muitas histórias estão guardadas, esperando o tempo fazer delas diamantes.
Ao leitor que tem acompanhado o blog desde a coluna de manchetes comentadas do Abril Blogs e a análise da Copa do Mundo de 2010, lá, agradeço imensamente por persistir numa joça que até o autor já pensou em desistir.
Aos novos leitores, sejam sempre bem-vindos a um mundo novo, agora mais jornalístico que reticente. A mesa logo será virada. E eu espero você aqui para acompanhar o retorno do filho pródigo à casa do pai.
O blog existe porque você o ajuda a existir. Ele é feito de histórias. Da sua vida e de vidas como a sua. As reticências também são um pouco de você, de mim, do mundo.
Atenciosamente,
Rafael Iglesias,
10 de junho de 2014.